quarta-feira, 31 de agosto de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

PEDRA DE REVIDES

Conjunto de gravuras rupestres proto-históricas realizadas ao ar livre sobre um bloco de xisto rente ao solo, com uma superfície quase lisa, orientado a sudoeste. As gravuras consistem em triângulos, formas em escada, cruciformes, quadrados e rectângulos e ferraduras. O afloramento principal tem um motivo central de tipo idoliforme.

Acesso: EN 587 (Santa Justa - Eucísia), a cerca de 300 m da aldeia de Santa Justa desvio para a Quinta de Ridevides.

Protecção: Proposto como Monumento Nacional pelo PDM de Alfândega da Fé, DR 241 de 18 Outubro 1994
PEDRA DE REVIDES
Próximo da margem esquerda da Ribeira da Vilariça, integrando a freguesia de Eucisia, foram identificadas duas placas xistosas de grandes proporções, contendo na sua superfície lisa uma divesificada sequência de motivos rupestres gravados. A pedra de maiores dimensões atinge os cinco metros de altura e tem três metros de largura. Encontra-se profusamente decorada com motivos martelados ou picados, lendo-se nela uma esquemática figuração humana, bem assim como motivos em "ferradura" completados por pequeno círculo central. As gravuras feitas pelo método de incisão aparecem de forma linear e geometrizante, identificando-se escadas e quadrículas, triângulos e setas, embora o seu significado real permaneça uma incógnita. A outra placa, de menores proporções, é preenchida por sinalética agrupada em duas partes. Quatro escadas e um triângulo constituem uma delas, enquanto a outra apresenta sete sinais sugerindo uma escrita arcaica. Estas gravuras são de cronologia incerta. No entanto, por análise da técnica pode-se afirmar que as gravuras marteladas são mais antigas do que as que foram obtidas pelo método de incisão. As primeiras poderão ser atribuídas ao período Neolítico (entre 10 000 e 3500 a. C.), enquanto as gravuras por incisão serão atribuíveis à Idade do Ferro (aproximadamente entre o século VII e III a. C.).
Como referenciar este artigo:gravuras rupestres de Alfândega da Fé. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-09-16].

terça-feira, 2 de agosto de 2011

DADOS GERAIS

Área: 2046 ha
População: 120 habitantes
Património cultural edificado: Igreja Matriz, Santuário Neolítico de Revides (Pedra Escrita), Capelas de Mártir S. Sebastião, de Stª Justa, Fonte da Gricha, Forno dos Mouros, Largo da Moreira, Pedra da Ferradura, Tanque Público com bebedouro para animais, Nicho Nossa Senhora de Fátima, Igreja Matriz de Stª Justa, Lagar de Azeite
Património Paisagístico: Miradouro junto à Capela Mártir S. Sebastião
Festas e Romarias: Festas de S. Sebastião no 1º Domingo de Setembro, de S. Paio
Gastronomia: Enchidos dos derivados de Porco, Folar da Páscoa
Locais de lazer: Barragem de Santa Justa, Fonte da Gricha
Espaços lúdicos: Campo de Futebol de Eucísia, Polidesportivo de Eucísia
Artesanato: Queijaria, Rendas, Bordados
Orago: S. Paio
Principais actividades económicas: Agricultura, Pecuária, Olivicultura, Amêndoa, Cortiça, Vinicultura, Comércio, Serviços
Colectividades: Clube Desportivo e Cultural de Eucísia, Clube de Caça e Pesca de Eucísia e Gouveia

DESCRIÇÃO

A freguesia de Eucísia situa-se no extremo ocidental do concelho de Alfândega da Fé e no limite com os municípios vizinhos de Vila Flor e de Torre de Moncorvo. O sítio arqueológico do Castelo evidencia o precoce povoamento da freguesia. Trata-se de um povoado fortificado, implantado num cume alongado sobranceiro à aldeia de Gouveia. Podem ver-se ainda alguns vestígios da muralha do que constituía o sistema defensivo do antigo povoado. Não foram detectadas grandes estruturas nem materiais de superfície. Atendendo às suas dimensões, este sítio tenha funcionado como atalaia fortificada, provavelmente medieval, com uma excelente posição estratégica.sobre Alfândega da Fé e Torre de Moncorvo, o planalto da Adeganha e ainda uma parte dos vales da Vilariça e Sabor. Não existem elementos seguros para afirmar se foi ou não um povoado da Idade do Ferro. Pedra Escrita de Ridevides é um sítio arqueológico pré-histórico onde foram detectados vestígios de arte rupestre. Trata-se de um conjunto de rochas de xisto com gravuras, situado perto da margem esquerda da ribeira da Vilariça. No que diz respeito às gravuras rupestres, observam-se três painéis distintos, dispostos horizontalmente ao nível do solo. No painel 1, podemos ver figuras e sinais como covinhas, reticulados, cruciformes, antropomorfos, sinais em triângulo ou ferraduras. Quase todos os motivos foram obtidos por abrasão e apenas alguns picotados. O painel 3 apresenta motivos, essencialmente reticulados e sinais em triângulo. O painel 2 é o mais pequeno dos três, localizando-se no meio dos outros dois. Apresenta-se muito pouco gravado, apenas com alguns traços. O castro de Santa Justa foi povoado durante um longo período – Calcolítico, Idade do Bronze, Idade do Ferro e Idade Média. Era um povoado fortificado de médias dimensões, localizado numa encosta do vale da Vilariça. Tem boas condições defensivas naturais e uma boa posição estratégica. O sistema defensivo do povoado era constituído por uma muralha, hoje bastante degradada. Dentro da muralha, foram recolhidas grandes quantidades de cerâmica superficial de períodos históricos distintos - Pré-História Recente (cerâmicas decoradas com motivos "penteados"); Idade do Ferro; e algumas escassas cerâmicas medievais. A Fraga das Ferraduras é um sítio de arte rupestre de datação indeterminada. É composto por um conjunto de rochas de xisto com gravuras, localizadas numa encosta na margem direita de uma pequena ribeira. As gravuras encontram-se nas faces internas de cinco rochas. A rocha principal do conjunto fica para baixo e à esquerda, na extremidade do conjunto, na zona mais afastada do paredão da represa. Nestes quatro painéis há uma grande quantidade de motivos gravados, predominando largamente os motivos picotados, mas havendo também bastantes traços filiformes. Um podomorfo esquemático picotado, alguns pontos picotados, círculos zoomorfos e antropomorfos esquemáticos, por vezes em associações complexas de motivos, e ainda outros motivos de formas mais ou menos complexas, são outros dos símbolos e das gravuras constantes deste sítio arqueológico. O Solar de Santa Justa, com capela barroca adossada, é o maior bem patrimonial da freguesia. A Câmara Municipal propôs a sua classificação como Monumento Nacional. A Lenda das Feiticeiras, relacionada com um antigo padre da freguesia, é uma daquelas que a população continua a contar de geração em geração.